Introdução

O início do século XX foi marcado por inúmeras manifestações e conflitos sociais na transição do regime monárquico à República brasileira.

A área de aproximadamente 40 mil quilômetros quadrados, palco da disputa territorial  entre Paraná e Santa Catarina era disputada judicialmente desde meados do séc. XIX.

Concessões territoriais à construção da estrada de ferro e madeireira nesta região resultou na constante expulsão de posseiros, sertanejos.

O descaso com as políticas públicas em efetivar a distribuição e legitimação das terras teve seu ápice no momento em que o capital estrangeiro sinalizou benfeitorias a qualquer custo.

Entre 1912 e 1916 a Guerra do Contestado foi palco da luta entre “sem terras” contra forças militares e a oligarquia rural.

“A antiga questão de divisas entre o Paraná e Santa Catarina (...), a presença do capital internacional representado pela ferrovia São Paulo-Rio Grande, através da empresa Brazil Railway e pela madeireira Southern Brazil Lumber & Colonization Company; os conflitos fundiários decorrentes da implantação da ferrovia; os sistema de estratificação social centrado no coronelismo sertanejo e o sistema econômico regional pautado no extrativismo florestal, além de outras secundárias foram causas decisivas para a deflagração da Guerra do Contestado.” (TOKARSKI, 2002, p. 153). 

 


Tarefa

A proposta baseia-se em forma de pesquisa, contemplando:

Como deu-se o direito sobre as terras à empresa de estradas de ferro e a consequente expulsão de posseiros;

Características e resquícios do Sistema semifeudal – oligarquias rurais – no Brasil República, inicio do séc. XX, diante da ameaça de desestabilização do poderio latifundiário;

Fazer um panorama das motivações sociais, políticas e religiosas que desencadearam o conflito;

Estabelecer paralelos entre o Contestado e o Movimento  dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no contemporâneo.


Processo

1o Passo – Pesquisa bibliográfica, internet, periódicos, materiais iconográficos;

2o Passo – O trabalho escrito deve contemplar:

Capa, introdução, desenvolvimento, conclusão.

3o Passo – A partir do material coletado preparar apresentações de slides;

4o Passo – Apresentar ao grupo em forma de seminário


Fontes de informação

Links no apoio ao desenvolvimento da pesquisa:

http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=artigos&id=206

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=143

http://www.anovademocracia.com.br/component/content/1161?task=view

Vídeo aulas e documentários:

http://www.youtube.com/watch?v=iPx-_7FqkyU&feature=player_embedded#!

http://www.youtube.com/watch?v=jnlEfQWHITs&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=Kv7c1D3OLgo&feature=relmfu


Avaliação

Critérios de avaliação:

Trabalho escrito com introdução, desenvolvimento, conclusão e anexos - opcional;

Apresentação à classe, comentando os slides


Conclusão

Com o intuito de conhecer um dos conflitos mais brutais na História do Brasil pós monárquico, a pesquisa explora a região do Contestado não dissolvendo seus conflitos no séc. XIX, e que viu o início do séc. XX ser palco da chegada do capital estrangeiro através das estradas de ferro.

Ainda, o Contestado foi cenário de uma guerra gerada pelo conflito de interesses, que nos possibilita a reflexão a cerca dos conflitos de terra, ainda longe de um desfecho, na contemporaneidade.


Créditos

Elaborado por: Manoela Albertoni, Nádia Lemos

Referências Bibliográficas:

FERREIRA, H. F. Historiografia Contestada. In: Santa Catarina e História: UFSC, v. n. 1. P. 87-97, 2007.

SACHET, C; SACHET, S.A.  A Guerra do Contestado. In: SACHET, C; SACHET, S. Santa Catarina 100 anos de História. O livro: do povoamento à guerra do Contestado. V.1. Florianópolis, 1997/2001, p.507-525.

TOKARSKI, Fernando. Pluralidades e Singularidades entre Canudos e o Contestado. Pharos, Nov./dez. 2001, v.9.n.2. 2002. Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/pdf/208/20809209.pdf

GIUMBELLI, Emerson. Religião e (Des)Ordem Social: Contestado, Juazeiro e Canudos nos Estudos Sociológicos sobre Movimentos Religiosos. Dados v.40, n.2, Rio de Janeiro, 1997. Disponível em:  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52581997000200004

Público alvo: alunos do ensino médio